Síndrome de Burnout

O trabalho é uma atividade que ocupa uma parte significativa da nossa vida. Se por um lado, o trabalho pode possibilitar a realização profissional do individuo, por outro, pode causar problemas desde a insatisfação até à exaustão. São criadas expetativas, objetivos e metas pessoais que, quando não se concretizam, provocam alterações emocionais.
O conceito de Burnout como uma síndrome de exaustão emocional, após anos de envolvimento, com o trabalho e com as pessoas. Acontece quando uma exposição a longo prazo, numa determinada atividade, se transforma num esgotamento, numa fadiga física, mental, emocional. Esta síndrome é uma condição para que seja reduzida a capacidade, vontade e desejo de trabalhar.
O conceito de burnout foi descrito, assim, pela primeira vez pelo psiquiatra Herbert Freudenberger em 1974. Ele definiu-o como “um estado de fadiga ou frustração que se produz pela dedicação a uma causa, forma de vida ou a uma relação que não correspondeu às expectativas” (Martín, Fernández, Gómez & Martínez, 2001, p. 313). Contudo, foi com Cristina Maslach nos anos oitenta, que se desenvolveu e aprofundou este conceito, com a criação de um instrumento de avaliação, o Inventário de Burnout de Maslach composto por vinte e dois itens acerca de sentimentos e atitudes relacionadas com o trabalho, sendo esses vinte e dois itens distribuídos por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal. De acordo com Hespanhol (2005), o stress ocupacional em excesso pode provocar o burnout.
O termo burnout é um termo inglês cuja sua tradução é uma composição de “burn”, que quer dizer “queimar”, e “out”, que significa “fora”, ou seja, “perder o fogo”, “perder a energia”, indicando assim que a pessoa com síndrome de burnout se consome, se desgasta quer fisicamente, quer psicologicamente (Santos, 2010).
São várias as causas da Síndrome de Burnout, ainda assim, e de uma forma simplista, podemos afirmar que o Burnout surge quando alguém é sujeito a uma determinada pressão (excessiva) para atingir uma determinada performance (normalmente profissional). É uma resposta ao stress elevado causado por exigências profissionais demasiado elevadas, que incluem a tentativa de atingir objetivos implacáveis e inalcançáveis. É mais provável que ocorra quando um colaborador sinta que já não tem controlo sobre o seu trabalho. Este normalmente resulta num aumento de absentismo ou até mesmo a saída da organização por parte do colaborador.

Bibliografia:
Hespanhol, A. (2005). Burnout e Stress ocupacional. Revista Portuguesa de Psicossomática, 7(½), 153-162.
Martín, M., Fernández, F., Gómez, R. & Martínez, F. (2001). Prevalencia y factores associados al burnout en un área de salud. Atencíon Primaria, 27(5), 313-317.
Santos, J. M. O. (2010). Stress Profissional. Consumo de bebidas alcoólicas. Estudos numa amostra de enfermeiros. Tese de Doutoramento, Universidade Fernando Pessoa, Porto.


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